terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Inteligência Vs Esperteza

Qual a diferença entre inteligência e esperteza?
Num homem inteligente brotam qualidades como a confiança que desperta nas pessoas, emergem qualidades como a autenticidade, o respeito, a responsabilidade, o bom senso.
Esperteza é considerada a capacidade maliciosa de se adaptar habilmente a situações adversas e tirar proveito da situação.
O homem verdadeiramente inteligente não precisa da esperteza, da malandragem, da desonestidade como companhias. A sua luz é outra. Provavelmente o futuro seria o porto seguro que os inteligentes buscam se muitas atitudes do "xico-espertismo" que enojam a sociedade deixassem de existir. Mas como isso é algo idealista. Só me resta a certeza de que ser esperto garante inúmeros benefícios momentâneo, mas ser inteligente é fugir da esperteza.

"A esperteza é uma pobre substituta da inteligência" - Osho

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Ser Charlie não chega

Há imensa gente a ser Charlie nestes dias, tanta gente a lutar pela liberdade de expressão quando o próprio Charlie Hebdo em 2008 despediu o cartoonista Maurice Siné por ser alegadamente antissemita. Afinal nem Charlie Hebdo é Charlie, parecem existir limites mas são diferentes para grupos de interesse diferente. Há que reflectir sobre as contradições na vida vivida dos valores que temos com universais.
Devemos pensar porque razão sentimos todo este ódio em relação a estas mortes e no entanto não sentimos o mesmo por um numero maior de mortes inocentes em vários conflitos pelo restante mundo fora. No mesmo dia do atentado em França 37 jovens foram mortos no Iémen num atentado bombista. Em Novembro do ultimo ano 43 jovens foram assassinados por defenderem a liberdade de imprensa e desde o ano 2000, no mesmo país, já foram também assassinados 102 jornalistas por defenderem a mesma ideia.

Porque não podemos ser as mulheres vitimas do Boko Haram?
Porque não podemos ser as mulheres mutiladas na Etiópia?
Porque não podemos ser os milhares de crianças traficadas todos os anos em Africa?
Porque não podemos ser também os muçulmanos massacrados em Myanmar?

Estará a nossa reacção baseada na ideia de que as vidas de europeus, de cultura cristã, vale mais do que as dos restantes?



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Je suis Charlie


Não venham já atacar todos os muçulmanos a torto e a direito como se tem lido nos vários comentários online. É um facto que pessoas inteligentes não culpam todos os muçulmanos por este acto tresloucado e terrorista levado a cabo por grupos extremistas. Está na hora de os verdadeiros muçulmanos tomarem uma atitude de forma a se fazerem ouvir em todo o mundo, darem a conhecer sem rodeios que não compactuam com este tipo de actos e que o Islão não é isto. A ser assim corremos todos o risco de perdermos a nossa liberdade de expressão e as nossas culturas. Passaremos num futuro não tão longínquo a sermos todos radicais, comandados e oprimidos por esses loucos...Uma nova ordem mundial? Não quero estar vivo para assistir a isso.



"A tragédia é do jornalismo mundial e de todos os homens livres. Tenhamos pois coragem, não cedamos à intimidação e ao medo" de José Manuel Fernandes, no jornal Observador

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Razão para não saber tudo


Seria bom saber tudo e não ter absolutamente nada para explicar e demonstrar a ninguém.

Se fossemos todos omniscientes não teríamos motivos para escrevermos uns aos outros, não haveria nada de novo para dizer a outra pessoa. Não teríamos razão para debater, questionar, ler ou ver. Seria tudo muito mais aborrecido.

Como disse Emily Dickinson:
"A carta é uma alegria da Terra, ela negou os Deuses."