Sábado dia 18 de Janeiro acordo as 9 horas da manha e reparo que a a casa está anormalmente fria. Normalmente os meus pais, que acordam primeiro que eu, acendem a lareira e com o sistema de aquecimento de agua a casa fica quentinha através dos radiadores mas, nesse dia alguma coisa estava diferente. Perguntei a minha mãe porque é que a lareira estava apagada e ela disse que sem electricidade o sistema de aquecimento não funciona. Pois!! Cheguei à cozinha dei uma 'palmada' no interruptor da iluminação mas não se fez luz.
Estar sem energia eléctrica já é mau mas não poder acender a lareira num dia frio de inverno é pior.
Mas havia mais...Tentei ligar para alguém que me desse alguma informação acerca do que se estava a passar mas as linhas fixas não funcionavam e eu feito moço esperto do século XXI pego no telemóvel e pimba, também não há rede para ninguém.
Sem aquecimento, electricidade, telefone móvel nem fixo e, obviamente sem internet a única réstia de esperança estava depositada na hora e meia de bateria do portátil e num tracinho de bateria do meu telemóvel. É que nem pilhas tinha em casa. No final do primeiro dia já não tinha bateria alguma.
Meti umas cavacas numa velha e rota salamandra que tenho na minha 'fresquinha' e escura garagem, cozinhei o meu jantar em cima da mesma e pronto, foram dois dias a recordar os tempos em casa dos meus avós quando tudo era mais simples. Com um pequeno candeeiro a petróleo, uma bebida quente, uns livros e álbuns de fotos e o fim de semana até se passou bem.
No domingo evadi-me para Coimbra. A civilização funcional nunca me soube tão bem mas percebi que tenho imensas saudades de tempos em que não tinha nada do que hoje acho indispensável...de tempos mais simples.
R.M.
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