domingo, 27 de maio de 2012

Filosofias filosoficamente filosofas


Filosoficamente, qual a importância da filosofia? Para quê usar as palavras e tentar fazer raciocínios que depois falham quase sempre no caso concreto? Para quê? O ser humano precisa de filosofia, e muitas vezes nem se apercebe disso. As pessoas vulgares que encontramos na rua utilizam expressões como : "quem anda à chuva molha-se". Os provérbios populares e outras lições extraídas da pura experiência que é viver são em última análise filosofia tácita (calada). A questão é esta (e este é mais um desafio para os espíritos do universo que estão inquietos): serão as máximas filosóficas, os provérbios, realmente regras absolutas? Eia,calma... A primeira resposta de uma pessoa céptica seria dizer nada é absoluto, tudo é relativo e condicionado. Pois sim... mas na filosofia o mais importante não é responder as perguntas, nem tão pouco responder-lhes acertadamente, é pensar na pergunta e quando se pensar em responder fundamentar, não vamos dizer só porque sim. Opiniões, soluções diferentes para uma mesma questão, máximas de vida, estilos de vida há muitos, quantidades bíblicas ou até, mais adequadamente, quantidades 'facebookianas'. Opiniões, soluções, máximas e estilos pensados e fundamentados é que há poucos. Nem precisa de ser uma fundamentação profunda; BASTA TIRAR 2 MINUTOS PARA QUESTIONAR O PORQUÊ ANTES DE CONTINUAR. Com este alerta venho expor uma questão que pensei, quando cometemos erros na nossa vida, tentamos que eles nos sirvam de lição (tentamos, o que não quer dizer que isso efectivamente aconteça), ou seja, à partida tentamos não repetir uma mesma conduta se ela já teve anteriormente um resultado infeliz. No nosso subconsciente ficam a pairar umas espécies de regras que criamos a partir da várias situações que experenciamos: exemplo: se namoramos com uma pessoa muito diferente, a regra que implicitamente tentamos dizer para nós , e que até aconselhamos a outros, em jeito de desabafo, é que os opostos atraem-se e estar com alguém parecido a nós não funciona. E durante uns tempos é nisso que acreditamos. Até que chega o dia em que uma pessoa completamente diferente de nós vem ter connosco, e passado algum tempo invertemos radicalmente a regra e passamos a considerar que os opostos só funcionam enquanto são novidade e que precisamos de alguém que tenha os mesmos interesses. Acreditamos nisto mais uns tempos... quanto? não interessa! Até que um dia surge uma pessoa "intermédia" e tudo falha na mesma. E todas as regras que criamos, que demos como máximas falham naquele caso concreto.
 As máximas que aspiramos, e que resultam da nossa experiência, são como as Leis (e perdoem-me a metáfora jurídica): são pensadas para situações gerais e abstractas, mas há sempre um caso em que a aplicação ao caso concreto falha. Porque? Porque todas as situações de vida tem particularidades, pormenores, factores sui generis( único no seu género), e a adaptação da Lei ao caso concreto pode falhar devido à especificidade da situação. Aí temos lacunas legais, mesmo, que tem de ser integradas pelo intérprete através do espírito do sistema jurídico. Na vida é assim:
alguém nos deu um conselho valioso, mas como a nossa situação é necessariamente diferente, ponderamos todos os elementos e pensamos em todos os pormenores (porque os pormenores são aquelas pequenas grandes diferenças) e muitas vezes vemos que o conselho não encaixa na nossa situação ou então encaixa mal.
Quem diz um conselho, diz um pensamento íntimo de nós pergunta-se: não devemos ter regras e tentar pensar sempre nas coisas na óptica da arbitrariedade? Eu gosto de pensar que não, as máximas dão-nos segurança, são indicadores de orientação daquilo que pensamos que está bem, e apesar de falharem de vez em quando, são aquilo que nós somos em regras. São fruto da nossa experiência, são nós mesmos em letras. O que temos de fazer é te-las como leis orientadoras e ter a flexibilidade suficiente de as contornar em prol de uma regra melhor, mais 'acima', quando é necessário numa situação concreta.
    Com esta abordagem filosófica disse muita coisa em abstracto e se calhar para 'vocês' não disse nada em concreto. Para outros disse muita coisa, porventura.. enfim este é o problema da filosofia: quando filosofamos estamos precisamente a partir de uma situação, estamos a pensar concretamente num acontecimento,e pomo-nos a teorizar. Que se lixe! Ainda bem que podemos filosofar! Ainda bem que podemos tentar criar regras que para nós mesmos que fazem sentido, mas que a ser lidas por outros, e isso é o mais importante, parecem um disparate! Viva o disparate! 
Este post deve, mais uma vez, um especial agradecimento à Cláudia IFD
VIVA A FILOSOFIA!!!!
R.M.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Partilha

De certa forma somos moldados conscientemente ou inconscientemente, pela família, pela escola, pelos amigos e pela sociedade. Recebemos valores, regras, leis, começamos a perceber o que é o bem e o mal, desde pequenos que os nossos pais e avós principalmente nos dizem "não faças isso, que isso não se faz" ou então "faz assim que é mais fácil" ou "não  digas isso que é um palavrão" ensinam-nos o que julgam ser o melhor para nós. Tentam-nos dar uma boa educação desde que começamos a falar e a perceber as coisas.. São eles que nos dão de comer, são eles que nos dão que vestir.. e são eles que nos pagam a nossa formação. Falo por mim e na generalidade. Depois vem a escola, ensinam-nos o que acham certo e o que lhes convém. Querem nos formatar e querem que apenas aprendamos o que lhes interessa há certas coisas que acho bem outras nem tanto, mas como esta este país, mas pronto nem vale a pena ir por aí.
O melhor que fazemos na escola são os amigos os verdadeiros amigos e era aqui que queria chegar... Os amigos são tudo na nossa vida, como eu costumo dizer sobre os verdadeiros amigos e os mais chegados "OS AMIGOS são os irmãos que podemos escolher" e porque é que são os irmãos que podemos escolher? Porque estão sempre do nosso lado, apoiam-nos, dizem-nos quando estamos errados, dizem-te a verdade de frente mesmo que seja o que mais custe, dão-te o ombro quando precisas de encostar a cabeça e o lenço quando precisas de limpar as lágrimas e vice-versa quando ele chora eu reconforto-o, quando ele esta triste tento o por alegre, quando ele não tem eu dou-lhe, quando eu tenho ele tem, quando ele tem eu tenho...
A isto chama-se partilhar...
Partilha com os teus amigos :)
R.M.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Dor Maior

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Houve uma época em que a única coisa que eu queria era poder ficar na rua até tarde a brincar com os meus vizinhos as escondidas e a bola. Onde a pior dor que eu sentia era esmurrar os joelhos e quando a minha mãe desse um beijo já estava melhor... Em que a única coisa que eu tinha medo era do monstro debaixo da cama, e pedia sempre para minha mãe me aconchegar na cama. Bons tempos… Óptimos tempos, na verdade, e hoje tudo isso não passa de uma memória que quero guardar para sempre. Aquelas memórias engraçadas, de quando minha mãe me gritava para entrar depois de um dia inteiro na rua e eu chorava a dizer que ainda nem tinha brincado muito. Hoje é tudo bem diferente…Hoje aquela dor do joelho esmurrado não é nada comparado com as dores que já senti. Já não tenho medo do monstro debaixo da cama, os meus medos são maiores. Tempos bons quando a minha única preocupação era saber a que hora é que iria passar os meus desenhos favoritos na tv, não que hoje eu já não os assista, mas tenho mais coisas com que me preocupar. Tenho minhas obrigações, estudar e ainda tenho de me preocupar em fazer tudo bem. Tenho mais coisas para pensar do que quando eu era miúdo. E pensar que quando eu era pequeno a coisa que eu mais queria era ser grande, eu não sabia tantas coisas...
Eu não sabia que existia uma dor maior do que de um joelho esmurrado.
R.M.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pensa por ti, Vê alem

Quantas vezes ja ouviste dizer: " nada é o que parece", "não confies nas 1ªs aparências pois elas vão-te enganar"..."Pensas que conheces alguém mas acabas por te desiludir!" blá blá blá
Que ALGUMAS são verdade, são.
Mas por amor de Deus, parem lá de copiar essas frasezinhas, que parecem interessantes, só porque têm o nome de alguém conhecido a frente. Eu, apesar do nome do blog, tento respeitar os autores não pelo que disseram, mas pela ideia que quiseram passar com aquela ENORME frase que disseram.
Assim como Newton levou como uma maçã na cabeça (lá está, a simplicidade da 'estupidez' a dar origem a ideia pratica) POR FAVOR tentem ver além do que lêem, do que vêem e do que ouvem. :)
R.M.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A minha geracão, os meus valores

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Sou da geração do Por Favor, Bom Dia, Boa Tarde, Até Logo e Obrigado, do respeito aos mais velhos, de pedir permissão, da consideração aos demais. De cumprimentar com um sorriso, de amar as pessoas pelo que são e não pelo que têm ou me dão. Ensinaram-me a tratar as pessoas com amabilidade e simpatia.
Não posso prometer ser fiel a todos estes valores, mas sempre que puder terei tudo isso em conta no que escrever e citar. 
Abraços.
R.M.